Nós e o jornalismo.

30 abril 2010


As notícias são como verdades vistas com os olhos particulares de quem vê ou presencia um fato.
Haja vista as diferentes conotações que vemos quando passeamos pelo jornalismo Online, ouvimos o falado e lemos nos jornais impressos.
Pela agilidade que a Web nos proporcionou, temos a possibilidade de abrir a mesma notícia de vários sites em telas reduzidas em nosso micro e comparar os enfoques com que cada jornalista, ou meio de comunicação, adota para divulgar este ou aquele fato.
O leitor desavisado, cada vez em menor número, poderia aceitar aquela versão sem contestar e assumir aquele fato com os olhos de quem o narrou por absoluta impossibilidade de estar presente ao evento.
O que tem acontecido hoje?
Temos uma rede de informação paralela ( blogs e sites pessoais ) que confrontam estas idéias e, como críticos, interpretam o fato e, por muitas vezes, mostram a real intenção de quem divulgou.
Talvez este seja o motivo do crescimento da audiência deste meio paralelo de divulgar a notícia ou o fato.
Passamos a ter a função de ombusman do jornalismo com uma característica muito peculiar que é o humor que se dá para algumas interpretações.
Não temos compromissos com linhas editorias rígidas, nem com estéticas de diagramação dos sites de jornalismo, por exemplo.
Isto nos permite maior liberdade de atuação.
E esse campo maior, mais amplo nos dá uma visão privilegiada para confrontamos várias versões e, devido a isso, temos mais condições de "filtrar" aquilo que um público fiel espera de nós.
Somos o contra-ponto do jornalismo profissional.
Creio que somos o calcanhar de Aquiles daqueles jornalistas engajados nesta ou naquela vertente política e somos os glorificadores do jornalis isento que cada dia fica mais difícil encontrar.
Bacana isso.
Por que eles passaram a saber que são vigiados o tempo todo, 24hs por dia e sabem que em algum lugar da blogsfera, vai ter alguém pronto a lhe dar um belo puxão de orelhas.
Nós somos o jornalismo paralelo.
Nós somos os críticos de plantão.
O melhor de tudo, é que eles estão percebendo.
Mais dia menos dia, eles vão começar a pensar em salvar a nobre carreira de jornalistas que resolveram abraçar e assim, descobrir que o aluguel de consciências não é um bom negócio.

 
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